segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Clube de Leitura

 1.ª Reunião

    No dia 26 de outubro, reuniu pela primeira vez o Clube de Leitura. Nesta sessão, os alunos inscritos foram convidados a ler a história intitulada "Uma vaca chamada Estrelinha", retirada do livro Meninos de Todas a Cores, de Luísa Ducla Soares.

    Efetuada a leitura dramatizada da mesma, os alunos partilharam as ideias-chave. Esta atividade inseriu-se na comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares. 



quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Júlio Dinis

 Escritor do Mês

    Para fomentar a leitura  e recordar Júlio Dinis,  na biblioteca da escola sede,  foram expostos os livros daquele que é considerado o criador do romance campesino.

    Júlio Dinis é o pseudónimo (um pseudónimo é um nome que alguns escritores «inventam» para publicar as suas obras) do escritor português Joaquim Guilherme Gomes Coelho. Ele nasceu a 14 de novembro de 1839, no Porto, e aí faleceu a 12 de setembro de 1871.

    Júlio Dinis ou, se preferires, Joaquim Coelho licenciou-se em Medicina, mas dedicou-se sobretudo à literatura. Não sei se tens conhecimento de que vários outros escritores portugueses eram também médicos, como, por exemplo, Miguel Torga, Fernando Namora ou Lobo Antunes.

    Alguns dos teus professores e ex-colegas da escola um pouco mais velhos estudaram obras de Júlio Dinis, como A Morgadinha dos Canaviais ou Uma Família Inglesa, livros que, entretanto, deixaram de fazer parte dos programas da disciplina de Português.

    Curiosidade: sabias que, na época em que A Morgadinha foi escrita(1868), as pessoas eram sepultadas nas igrejas? Se leres esta obra, vais perceber o rebuliço que aconteceu quando a lei passou a proibir estes enterros e obrigou a que fossem feitos em cemitérios.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

10 dicas para motivar os alunos a escrever


    Os alunos contam histórias naturalmente: sabemos disso quando chegam de manhã e nos contam o que lhes aconteceu ou quando levantam a mão no meio da aula de matemática para relatar o episódio do cão que fugiu na noite anterior. Então, porque é que alguns alunos ficam bloqueados ou sentem que não têm nada para dizer quando lhes pedimos para escrever? Existe, muitas vezes, um desfasamento entre a capacidade natural que as crianças têm para contarem histórias e as competências necessárias para as escreverem. Ao longo dos anos, estas estratégias têm ajudado os meus alunos que não gostam de escrever a sentirem-se mais confiantes.

 

Dicas para começar o processo da escrita

1. Os alunos precisam de tempo para escrever todos os dias.

    Qualquer competência nova precisa de ser praticada e a escrita não é exceção. Esta escrita diária deve ser encarada como prática e não deve ser avaliada. É importante permitir que os alunos façam as suas escolhas neste tempo para a «escrita livre». Pode optar-se por lhes mostrar uma apresentação de diapositivos com diferentes imagens que utilizam como trampolim para a escrita ou com uma série de sugestões/ ideias para poderem escolher. Neste tempo dedicado à escrita pode alternar-se entre um tópico pré-definido ou um tema livre.


2. Proporcione-lhes projetos de escrita com um objetivo e um público autêntico.

    Um projeto de escrita ganha mais significado quando se dirige a um determinado público para além do professor. Quando os alunos sabem que os seus textos têm um sentido e que alguém fora da sala de aula os vai ler, sentem-se motivados para escrever com mais clareza e criatividade de modo a transmitirem as suas ideias ao leitor. Isto pode adquirir ainda mais significado e ser mais eficaz se o leitor der uma resposta ou feedback.


3. Dê-lhes tempo para pensarem e conseguirem ter ideias.

    Alguns alunos investem muito tempo a organizar ideias, a planificar, a conceber imagens e a preparar-se para escrever. Contudo, para aqueles a quem as ideias para escrever não surgem com facilidade, este passo pode ser um problema. Durante o tempo que dedico ao brainstorming, gosto de apresentar categorias para os alunos inserirem as suas ideias e exemplificar com as minhas próprias.
    Por exemplo, se estamos a tentar recolher ideias para narrativas pessoais, posso organizá-las por categorias, como momentos embaraçosos ou histórias sobre mim e o meu cão. Listo as ideias, para serem usadas na narrativa que vou escrever, debaixo de cada categoria. Por fim, dou um exemplo de como transformaria uma dessas ideias numa história. As categorias podem ajudar os alunos a estruturar o texto e os meus exemplos servem-lhes de inspiração.
    No fim do tempo dedicado ao brainstorming, peço-lhes para deixarem os cadernos em cima das mesas (se se sentirem confortáveis para fazerem isso) e os colegas podem dar uma volta pela sala para verem as ideias uns dos outros. Isto também pode suscitar novas ideias.

4. Os alunos precisam de ver exemplos de boa escrita.

    Os alunos precisam de ver exemplos que mostrem a beleza da palavra escrita e o modo cuidadoso como os escritores escolhem as palavras para ajudar os leitores a criarem uma imagem nas suas mentes. Gosto de selecionar secções ou passagens de livros ilustrados, romances, leituras em voz alta, canções, poemas e revistas para partilhar com os alunos. Pode ser uma passagem que descreve algo ou uma metáfora utilizada para descrever duas coisas. Chamo a atenção para o que se destaca nestas passagens e dou oportunidade aos alunos de analisarem e partilharem as suas reflexões. À medida que o ano decorre, eles começam a partilhar as suas próprias seleções de boa escrita comigo e com a turma.


5. Ensine os alunos a utilizar ferramentas digitais.

    Existem muitas ferramentas disponíveis para os alunos: a extensão do Google Chrome Read&Write permite transformar o texto oral em texto escrito e ajuda os alunos a melhorarem os trabalhos escritos. Sítios para escrever histórias, como o Storybird, ajudam-nos a criarem as suas próprias histórias e a partilharem-nas com os outros. E há também muitos sítios, como o MindMup, que os ajudam a planificar a história. Também uso o Flip para permitir aos alunos que partilhem as suas histórias.


Dicas para editar e rever o texto


6. Priorize o conteúdo e a clareza; deixe as normas e a pontuação para mais tarde.

    A escrita é uma ferramenta que usamos para nos expressarmos, mas que pode ser assustadora para os alunos. Quando estes começam a escrever, é importante valorizar as suas ideias em vez de passarmos demasiado tempo focados nas normas e na pontuação.
    Nas fases iniciais, em vez de me focar em questões mais específicas, explico aos alunos que a escrita pode ser confusa e que pode ser difícil comunicar as nossas ideias com clareza, de modo a que o leitor as compreenda; portanto, o objetivo é escrever de forma clara e concisa.
    Depois de os primeiros esboços estarem completos, peço aos alunos para trabalharem de forma autónoma, com um colega ou com um professor, editando o texto de modo a torná-lo claro para o leitor. Este processo implica que, à medida que trabalham juntos, o aluno/professor leitor faça perguntas para se sentir esclarecido e o aluno que escreve edite o seu texto. Isto pode ocupar várias sessões. Quando o trabalho estiver claro, então está na altura de nos focarmos na pontuação, na gramática e na ortografia.

7. Os alunos precisam de conversar uns com os outros sobre o que escrevem.

    Falar sobre a escrita ajuda os alunos a exprimir opiniões e a desenvolver ideias. É importante dar-lhes tempo para conversarem sobre o que escrevem ao longo do processo de escrita. Na turma, ou em pequenos grupos, podem partilhar ideias, esboços, aspetos que estão a correr bem ou problemas que estejam a enfrentar.


8. Utilize os «consultórios de escrita» para orientar os alunos.

    Os «consultórios de escrita» são momentos em que é oferecida orientação individual aos alunos. Durante o tempo de funcionamento do «consultório», escolha um aspeto específico para ensinar, foque-se nele e faça-lhes perguntas  que sirvam para os orientar ou apresente-lhes um modelo que possam seguir enquanto trabalham de forma independente. Alguns alunos precisam de mais apoio, por isso um «consultório de escrita» pode ser o momento ideal para dar esse apoio diferenciado.

9. Enfatize que a escrita não é um trabalho fácil.

    Alguns alunos redigem um esboço e ficam felizes a dizer «Já acabei». É importante que os alunos saibam que escrever bem implica fazer vários esboços e requer muito tempo e esforço. De acordo com a minha experiência, a melhor forma de ensinar isto é mostrar-lhes como escrevemos os nossos próprios textos. Tenho sempre um rascunho quando acompanho os meus alunos, normalmente relacionado com a unidade que estamos a trabalhar. Ao terem a oportunidade de ver os rascunhos e revisões que são necessários até se chegar a uma versão final, a probabilidade de fazerem o mesmo sozinhos é maior.


10. Celebre!

    O mais importante de tudo é tirar algum tempo todos os dias e no final de cada unidade para celebrar de alguma forma. Pode destacar algo de que se tenha apercebido ou fazer uma festa no final de uma unidade. Escrever é uma tarefa pessoal e difícil, por isso merece ser celebrada! A minha forma preferida de celebrar é pedir aos alunos para se organizarem em grupos e deixar que cada um leia os seus textos aos restantes elementos. É sempre divertido ter umas guloseimas para acrescentar algo de especial ao momento.

 

Referência

O artigo «10 Tips for Motivating Reluctant Elementary and Middle School Writers», da responsabilidade de Cindy Bourdo, foi originalmente publicado no sítio Edutopia, a 23/08/2022. Texto traduzido livremente a partir do inglês.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Mês internacional das bibliotecas escolares

Fundo documental 

    Uma das atividades levadas a cabo para assinalar este mês, destinou-se a divulgar o fundo documental relacionado com a paz e harmonia globais.



    Relembramos que outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo, uma oportunidade para darem a conhecer o trabalho que desenvolvem.

Trabalhos escritos

                                Acróstico

Castanha

         Para assinalar o São Martinho e o fruto associado a esta data, fica aqui um acróstico escrito pelo aluno Diogo Fonseca da turma A do 3.º ano. 

Luísa Ducla Soares

 Escritor do Mês

    Com o intuito de divulgar o fundo documental e promover a leitura, os livros da autora Luísa Ducla Soares saltaram das prateleiras e os alunos XXX.

    Relembramos que Luísa Ducla Soares nasceu a 20 de julho de 1939, em Lisboa, tendo-se destacado no campo da literatura infantil e juvenil, embora tenha trabalhado também como tradutora e jornalista.

    É uma escritora galardoada, tendo recebido o Grande Prémio de Literatura Infantil, pela obra História da Papoila, o Prémio Calouste Gulbenkian, por 6 Histórias de Encantar, e o Grande Prémio Calouste Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Em 2009, foi distinguida com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares


 

O Halloween na biblioteca

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Vou levar-te comigo

 Projeto Escola a ler

    Para dar cumprimento ao programa de Português, a turma do 9.º B, no dia 12 de outubro,   deslocou-se à biblioteca para efetuar a requisição de livros, para os alunos desenvolverem os seus projetos de leitura. 
    Previamente, a professora bibliotecária e a docente da disciplina selecionaram, entre o fundo documental, alguns livros adequados à atividade a dinamizar e à faixa etária dos alunos.




Livr' à mão

 Projeto Escola a ler

    Os alunos da turma A/B do 10.º ano, depois de terem requisitado na biblioteca escolar um livro para levar a cabo os seus projetos individuais de leitura do 1.º período, este está sempre à mão para, em silêncio, a efetuarem.





quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Prémio Nobel da Literatura atribuído a Annie Ernaux

 

    O Prémio Nobel da Literatura foi hoje atribuído à escritora francesa Annie Ernaux, "pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, as estranhezas e os constrangimentos coletivos da memória pessoal".
    Entre outras, Ernaux é autora das obras Os Anos, Uma Paixão Simples e O Acontecimento, uma narrativa baseada na sua própria experiência que conta a angústia de uma jovem estudante obrigada a um aborto clandestino, realizado em França, em 1964, onze anos antes da sua despenalização no país.
    Adaptado ao cinema pela realizadora francesa Audrey Diwan, o filme, de título homónimo, venceu o Leão de Ouro na categoria de melhor filme, o prémio máximo do Festival Internacional de Cinema de Veneza, em 2021.