quinta-feira, 6 de novembro de 2014

"A Hora da Partida"

A hora da partida soa quando
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse. 

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida. 

                                         Sophia de Mello Breyner, in Poesia (1944)

Duas novas edições de Sophia

     Sophia de Mello Breyner, uma das maiores escritoras portuguesas, completaria hoje, se fosse viva, 95 anos.

     Para celebrar a data e a vastíssima e riquíssima obra da autora, a Porto Editora apresenta ao público uma nova edição de duas das suas obras: Saga e A Noite de Natal.


"Para mim a biblioteca é..." (III)

“As bibliotecas são como aeroportos”
(Valter Hugo Mãe)

Tal como os aeroportos, as bibliotecas permitem-nos viajar para lugares distantes e viver emoções inesquecíveis. Quando se começa a ler um livro, as bibliotecas transformam-se em aeroportos, ainda que, comparativamente, nos aeroportos as viagens sejam reais e nas bibliotecas sejam ficcionais.
Através das viagens que fazemos nas bibliotecas podemos aprender muito e atualizar as informações que já possuímos. As bibliotecas são como “pistas de descolagem”, onde as tempestades não impedem as chegadas nem as partidas e as bagagens não se perdem, onde não há, portanto, preocupações. As viagens que fazemos através das histórias contadas nos livros são mais “saborosas” do que as viagens reais, pois não há imprevistos, nem atrasos no percurso.
Quando leio um livro de que gosto fico mais descontraído e inspirado para escrever e falar. Penso que todos devíamos ler o mais possível, pois só assim ficaremos mais cultos.
Em conclusão, os livros são um bom recurso quer para cada um de nós, quer para a sociedade em geral, ajudando a resolver questões fundamentais.

Luís Filipe 11.º B

"Para mim a biblioteca é..." (II)

“As bibliotecas são lugares de viagem”
(Valter Hugo Mãe)

As bibliotecas deveriam ser locais de paragem obrigatória para todas as pessoas. Nelas encontramos uma quantidade de informação útil a qualquer pessoa, que pode ou não ser leitora assídua.
Ao investir na leitura, cada indivíduo está a prepara-se para a sociedade em que está inserido. Por exemplo, numa situação de oferta de emprego, uma pessoa que seja instruída e que saiba falar corretamente tem mais hipóteses de conseguir um lugar.
“As bibliotecas são como aeroportos”, são locais de passagem de diferentes pessoas que têm em comum um objetivo - “viajar”. Viajar através da imaginação, lendo um livro, viajar na realidade, apanhando um avião. A grande diferença entre estas viagens é o destino, enquanto o destino do avião está traçado, ao ler um livro, iniciamos uma viagem de aventuras cujo destino é desconhecido.
Em relação à minha geração, penso que se encontra um pouco afastada das bibliotecas, em parte, porque os jovens não gerem bem o seu tempo, perdendo a oportunidade de alargar os seus horizontes culturais.
Concluindo, as bibliotecas são importantes, tal como os livros, que se tornam nossos amigos, ajudando-nos a sobreviver numa sociedade cada vez mais exigente.

Gonçalo 11.º B

Concurso Nacional de Leitura 2015