segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia Mundial da Poupança


A poupança


É bom poupar
Para um dia gastar
Quando me casar
Às compras vou andar
Para nunca me faltar
Vou ter de poupar
Dinheiro vou amealhar
Para depois esturrar
Vou poupar
Até me reformar.


Vou poupar para no inverno
Umas botas comprar.
Agora em tempo de crise
O segredo é poupar
Para que um dia mais tarde
O possamos contar.


Se o governo precisar
Às poupanças vai buscar
Se não foram as poupanças
Sem dinheiro vai ficar
Até ao fim dos meus dias
O meu lema é poupar.


                         Rita Pacheco e Lúcia Pereira (7.º A)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

À quarta foi de vez: «Man Booker Prize 2011»

          O escritor britânico Julian Barnes venceu, finalmente, o Man Booker Prize, com o romance The Sense of an Ending.
          A obra será publicada, em breve, em Portugal pela Quetzal.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guia BE - EB2

Conheço um escritor: Ana Magalhães e Isabel Alçada

Concurso "Conheço um Escritor"

Prémio LeYa 2011

          João Ricardo Pedro, escritor nascido em Lisboa há 38 anos, é o vencedor do Prémio LeYa 2011, com a obra O teu rosto será o último, no valor de 100 mil euros.

          O galardão foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir um romance inédito escrito em língua portuguesa. Os premiados nas duas primeiras edições foram o escritor brasileiro Murilo Carvalho, com o romance O Rastro do Jaguar (2008), e o moçambicano Borges Coelho, com a obra O Olho de Hertzog (2009). Em 2010, não foi atribuído em virtude de o júri ter considerado que nenhum dos romances concorrentes tinha qualidade suficiente.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

5 de outubro no 2.º ciclo


Manual de Procedimentos - EB2

Hífen

1. Uso

          O hífen é usado em:
  • palavras compostas que designam espécies botânicas ou zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou outro elemento: couve-flor, cobra-capelo, etc.;
  • palavras compostas que não possuem formas de ligação e cujos constituintes, por extenso ou reduzidos, de natureza nominal, adetival, verbal ou numeral, mantêm a autonomia fonética e conservam o seu próprio acento: azul-escuro, decreto-lei, guarda-chuva, segunda-feira, etc.;
  • palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos, quando o elemento seguinte começa por h: anti-herói;
  • palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal, quando o elemento seguinte começa pela mesma vogal: anti-inflamatório, contra-ataque, micro-ondas, etc.. (constituem exceção a esta regra as palavras formadas com o prefixo co-, que se escrevem aglutinadas, mesmo quando o elemento seguinte se inicia por o: coobrigação, coocorrência, etc.;
  • palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em consoante, quando o elemento seguinte começa por uma consoante igual: inter-regional, sub-bibliotecário, super-resistente, etc. - se o elemento seguinte, porém, começa por uma consoante diferente ou por uma vogal, regra geral não se usa o hífen: supermercado, superinteressante, etc.;
  • palavras formadas por prefixos acentuados graficamente, como pós-, pré- e pró-: pós-graduação, pré-escolar, etc.;
  • palavras formadas pelos prefixos circum- e pan-, quando o elemento seguinte começa por h, m ou n: circum-navegação, pan-africano, pan-helénico.

2. Supressão

          O hífen deixa de ser usado nos casos seguintes:
  • na maioria das locuções, exceto algumas exceções estatuídas no texto do Acordo, como água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará e à queima-roupa;
  • nas palavras compostas em que desapareceu a noção de composição: mandachuva, paraquedas;
  • nas formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver seguidas da preposição de: (eu) hei de, (tu) hás de, (ele) há de, etc.;
  • nas palavras formdas por prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal, quando o elemento seguinte começa por r ou s, duplicando-se estas consoantes nesses casos: antirreflexo, ultrassecreto;
  • nas palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminados em vogal, quando o elemento seguinte começa por uma vogal diferente: agroindustrial, antiaéreo, autoestrada, coautor, extraescolar, infraestrutura, plurianual, etc.

3. Uso do hífen com prefixos

b

domingo, 9 de outubro de 2011

Quatro poemas de Tomas Tranströmer

HISTÓRIAS DE MARINHEIROS (1954)

Há dias de inverno sem neve em que o mar é parente
de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,
azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos
linces, buscando em vão sustento nas pedras à beira-mar.

Em dias como estes saem do mar restos de naufrágios em busca
de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas
tripulações vêm a terra, mais ténues que fumo de cachimbo.

(No Norte andam os verdadeiros linces, com garras afiadas
e olhos sonhadores. No Norte, onde o dia
vive numa mina, de dia e de noite.

Ali, onde o único sobrevivente pode estar
junto ao forno da Aurora Boreal escutando
a música dos mortos de frio).


§


A ÁRVORE E A NUVEM
 (1962)

Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
com pressa, ante nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca vida
como um melro ante um jardim de fruta.

Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço.


§


DESDE A MONTANHA
 (1962)

Estou na montanha e vejo a enseada.
Os barcos descansam sobre a superfície do verão.
«Somos sonâmbulos. Luas vagabundas.»
Isso dizem as velas brancas.

«Deslizamos por uma casa adormecida.
Abrimos as portas lentamente.
Assomamo-nos à liberdade.»
Isso dizem as velas brancas.

Um dia vi navegar os desejos do mundo.
Todos, no mesmo rumo – uma só frota.
«Agora estamos dispersos. Séquito de ninguém.»
Isso dizem as velas brancas.


§


PÁSSAROS MATINAIS
 (1966)

Desperto o automóvel
que tem o pára-brisas coberto de pólen.
Coloco os óculos de sol.
O canto dos pássaros escurece.

Enquanto isso outro homem compra um diário
na estação de comboio
junto a um grande vagão de carga
completamente vermelho de ferrugem
que cintila ao sol.

Não há vazios por aqui.

Cruza o calor da primavera um corredor frio
por onde alguém entra depressa
e conta que como foi caluniado
até na Direção.

Por uma parte de trás da paisagem
chega a gralha
negra e branca. Pássaro agoirento.
E o melro que se move em todas as direções
até que tudo seja um desenho a carvão,
salvo a roupa branca na corda de estender:
um coro da Palestina:

Não há vazios por aqui.

É fantástico sentir como cresce o meu poema
enquanto me vou encolhendo
Cresce, ocupa o meu lugar.

Desloca-me.
Expulsa-me do ninho.
O poema está pronto.

sábado, 8 de outubro de 2011

"Lisboa"


     No bairro de Alfama os elétricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes.
     Havia lá duas cadeias. Uma delas era para os ladrões.
     Eles acenavam através das grades.
     Gritavam que lhes tirassem o retrato.
     "Mas aqui", disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio,
     "aqui estão os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada
     e lá no cimo um homem à janela
     tinha um óculo e olhava para o mar.
     Roupa branca no azul. Os muros quentes
     As moscas liam cartas microscópicas.
     Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa:
     "Será verdade ou só um sonho meu?"

                            21 Poetas Suecos, Vega, 1981

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Prémio Nobel 2011

          O poeta sueco Tomas Tranströmer é o Prémio Nobel da Literatura de 2011.
          Psicólogo e tradutor,  Tranströmer nasceu em Estocolmo a 15 de abril de 1931. Traduzido em mais de trinta línguas, foi acometido por um AVC em 1990 que o deixou afásico e hemiplégico, o que não impediu que prosseguisse a sua carreira, tendo publicado três obras após o incidente.
          O Nobel da Literatura deste ano tem uma valor acrescido, decorrente do facto de a poesia não ser contemplada com o galardão máximo desde o já distante ano de 1996.
          Dentre as razões que a Academia sueca aduziu para justificar a atribuição do prémio, destacam-se as «suas imagens translúcidas e condensadas», através das quais o poeta dá «um novo sentido à realidade».

Fundo documental


iDeus, Steve Jobs!


«Quando morre um Homem, é toda uma biblioteca que se incendeia.»

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Conferência "Educação & Valores"

A imagem da República



          A imagem da República foi adotada como seu símbolo na sequência da implantação do novo regime, a 5 de Outubro de 1910.
          A imagem foi representada de várias formas, seguindo o modelo genérico da Liberdade de Eugéne Delacroix, ganhando individualidade através das cores vermelha e verde das suas roupas, correspondendo às cores da nova bandeira nacional.


          O trabalho seguinte, realizado por alunos, desvenda o significado da imagem.




terça-feira, 4 de outubro de 2011

Plano de Ação

Dia da Poupança

Dia da Poupança

(31 de Outubro)

          A poupança significa guardar o dinheiro que não se gasta.
          É importante não gastarmos todo o dinheiro que nos dão, porque um dia podemos precisar dele para comprar algo de que gostemos muito. Se aprendermos a poupar, teremos sempre dinheiro disponível para as nossas coisas.
          Podemos arranjar um mealheiro e juntar todo o dinheiro que não gastamos e que nos dão. Quando estiver cheio, veremos que conseguimos guardar muito dinheiro.
          Depois podemos pedir aos nossos pais que abram uma conta para nós num banco, onde o nosso dinheiro vai ficar guardado até o podermos ou querermos gastar.
          Mas poupar não se refere apenas ao dinheiro que juntamos. Refere-se também ao facto de não gastarmos inutilmente os recursos.

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Provérbios populares

  • “Grão a grão enche a galinha o papo.”
  • “Quem come e não conta, errada lhe vai a conta.”
  • "No poupar é que está o ganho."
  • "Poupa nos tostões, terás milhões."
  • "O dinheiro é como o tempo: não o percam e chegará."