Este blog pertence à BE/CRE do Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Acordo Ortográfico: Vocabulário de mudança
Enquanto o (des)acordo ortográfico balança entre o «aplicado» aqui, suspenso além e «não aplicado» acolá, aqui fica o sítio onde é possível consultar a lista de todas as palavras que mudaram com a sua introdução em Portugal:
O desacordo ortográfico
«O acordo Ortográfico está em causa. Instituições e publicações há que o aplicam; outras, que o rejeitam. O grande público contesta-o, e a esmagadora maioria dos cidadãos não consegue compreender o que se está a tentar fazer à Língua Portuguesa.
Efectivamente, embora genericamente as pessoas estejam contra esse acordo, infelizmente a forma como se extremaram posições levou a que, num determinado momento, quem tinha o poder político lhe conferisse força de lei, sem uma atenta e lúcida reflexão sobre o mesmo e as suas gravíssimas implicações, sobretudo de natureza linguística e cultural, com repercussão no ensino e no domínio da língua.
Como ainda estamos em fase de transição e as leis são os homens que as fazem, esperemos que as razões serenas e lúcidas se imponham e façam com que aqueles que representam o povo legislem de acordo com o supremo interesse do país e da língua portuguesa, seja ela falada onde for.
Lembro apenas, como precedente, que o Acordo Ortográfico de 1945 foi nessa data assinado por Portugal e pelo Brasil, que o Brasil o tentou aplicar durante dez anos e que, em 1955, rendido à especificidade do registo ortográfico da variante do Português do Brasil, revogou esse acordo. Assim, se Portugal tomar a iniciativa de reflectir e, com razões ponderosas, reformular o texto do Acordo actual, não fará nada de inédito nem beliscará as relações entre os países envolvidos. Aliás, será de referir, ainda, que, recentemente, o próprio Governo brasileiro anunciou que vai adiar a obrigatoriedade da aplicação do acordo para 2016...
Focando, então, o Acordo actual, em primeiro lugar, deverei dizer que uma pessoa com formação linguística naturalmente que não estaria, à partida, contra um acordo ortográfico. E deverei dizer, ainda, que houve, neste acordo, tentativas (embora não totalmente eficazes) de resolver algumas questões ortográficas relativamente à grafia de novas palavras, concretamente no que diz respeito à utilização do hífen.
No entanto, este acordo enferma de um grande pecado original: não alcança minimamente o apregoado objectivo da unidade na ortografia.
Para que serve um "acordo ortográfico"? Para unificar a ortografia de povos que falam a mesma língua. Ora, com este acordo, a ortografia da Língua Portuguesa não se unificou. Tentei obter resposta a uma pergunta simples: quantas palavras se escreviam de forma diferente no Brasil em comparação com a forma como as mesmas palavras se escreviam em Portugal e nos restantes Países de Língua Oficial Portuguesa antes do Acordo e depois do Acordo? Não consegui obter uma resposta objectiva da parte dos defensores do Acordo Ortográfico. Pergunto: parte-se para a tentativa de aplicação de um acordo ortográfico sem se saber claramente quantas palavras é que mudam na ortografia?
Assim, procurei eu a resposta, consultando o "Vocabulário de Mudança" disponibilizado noPortal da Língua Portuguesa.
E, considerando a informação aí veiculada, a resposta é a seguinte (contagem feita manualmente): antes do Acordo -- e exceptuando as palavras com alteração do hífen, as palavras graves acentuadas no Brasil e não em Portugal (como idéia - ideia) e as palavras com trema (pelo seu número residual e por tais situações afectarem sobretudo a ortografia brasileira) -, havia 2691 palavras que se escreviam de forma diferente e que se mantêm diferentes (por exemplo facto e fato), havia 569 palavras diferentes que se tornam iguais (por exemplo, abstracto e abstrato resultam em abstrato), e havia 1235 palavras iguais que se tornam diferentes.
Está a ler bem: com o Acordo Ortográfico, aumenta o número de palavras que se escrevem de forma diferente!
Isto é, havia 1235 palavras que se escreviam da mesma forma em Portugal e no Brasil que, com o Acordo, mudam, a saber: 190 ficam com dupla grafia em ambos os países (por exemplo circunspecto e circunspeto); 57 ficam com dupla grafia mas só em Portugal (por exemplo, conceptual e concetual, que no Brasil se escreve conceptual, mantendo a consoante "p"); 788 mudam para uma das variantes que existem no Brasil, por vezes a menos utilizada ou a considerada mais afastada da norma padrão (por exemplo, perspetiva: em Portugal, só se admite esta forma - sem "c" -, mas no Brasil admitem-se duas, perpectiva e perspetiva, sendo esta última preferencial); finalmente, 200 mudam para uma até ao momento inexistente e que passa a existir apenas em Portugal (por exemplo, receção, que no Brasil só admite a forma recepção, que passa a não ser possível em Portugal).
Esta última situação é a mais aberrante: são 200 palavras inventadas, que não existiam e passam a ser exclusivas da norma ortográfica em Portugal. Alguns exemplos: em Portugal, com o Acordo, passa obrigatoriamente a escrever-se aceção, anticoncetivo, conceção, confeção, contraceção, deceção, deteção, impercetível.
O problema diz, pois, respeito sobretudo à grafia das palavras que contêm as vulgarmente chamadas "consoantes mudas". Segundo os referidos dados do Portal da Língua Portuguesa, com o Acordo Ortográfico, no que diz respeito às palavras que mudam, no Brasil continuam a escrever-se 1235 palavras com essa consoante etimológica (978 de dupla grafia e 257 que se escrevem só com a manutenção da consoante), enquanto em Portugal e nos restantes Países de Língua Oficial Portuguesa são apenas 247!
Em Portugal, altera-se a ortografia fazendo desaparecer as respectivas consoantes e, afinal, no Brasil, essa ortografia de cariz etimológico mantém-se!!!
Não vou aqui falar da questão da dupla ortografia e de fragilidades e incorrecções presentes nos textos referentes ao Acordo Ortográfico, que têm um efeito negativo no ensino, na aprendizagem e no domínio da Língua Portuguesa (tal poderá ser objecto de outro artigo). Aqui apenas estou a referir como falsa a propalada unidade ortográfica!
Chegou a hora decisiva de nos pronunciarmos eficazmente pela suspensão da aplicação deste Acordo que tanto prejuízo causa à Língua Portuguesa. Tal é possível subscrevendo a Iniciativa Legislativa de Cidadãos (em http://ilcao.cedilha.net/), que visa, democraticamente, levar ao Parlamento, de novo, esta discussão.
E faço um apelo aos decisores políticos para que analisem cuidadosamente a situação: ninguém se pode escudar na ignorância dos assuntos sobre os quais toma decisões, pois a História não lhes perdoará.»
Efectivamente, embora genericamente as pessoas estejam contra esse acordo, infelizmente a forma como se extremaram posições levou a que, num determinado momento, quem tinha o poder político lhe conferisse força de lei, sem uma atenta e lúcida reflexão sobre o mesmo e as suas gravíssimas implicações, sobretudo de natureza linguística e cultural, com repercussão no ensino e no domínio da língua.
Como ainda estamos em fase de transição e as leis são os homens que as fazem, esperemos que as razões serenas e lúcidas se imponham e façam com que aqueles que representam o povo legislem de acordo com o supremo interesse do país e da língua portuguesa, seja ela falada onde for.
Lembro apenas, como precedente, que o Acordo Ortográfico de 1945 foi nessa data assinado por Portugal e pelo Brasil, que o Brasil o tentou aplicar durante dez anos e que, em 1955, rendido à especificidade do registo ortográfico da variante do Português do Brasil, revogou esse acordo. Assim, se Portugal tomar a iniciativa de reflectir e, com razões ponderosas, reformular o texto do Acordo actual, não fará nada de inédito nem beliscará as relações entre os países envolvidos. Aliás, será de referir, ainda, que, recentemente, o próprio Governo brasileiro anunciou que vai adiar a obrigatoriedade da aplicação do acordo para 2016...
Focando, então, o Acordo actual, em primeiro lugar, deverei dizer que uma pessoa com formação linguística naturalmente que não estaria, à partida, contra um acordo ortográfico. E deverei dizer, ainda, que houve, neste acordo, tentativas (embora não totalmente eficazes) de resolver algumas questões ortográficas relativamente à grafia de novas palavras, concretamente no que diz respeito à utilização do hífen.
No entanto, este acordo enferma de um grande pecado original: não alcança minimamente o apregoado objectivo da unidade na ortografia.
Para que serve um "acordo ortográfico"? Para unificar a ortografia de povos que falam a mesma língua. Ora, com este acordo, a ortografia da Língua Portuguesa não se unificou. Tentei obter resposta a uma pergunta simples: quantas palavras se escreviam de forma diferente no Brasil em comparação com a forma como as mesmas palavras se escreviam em Portugal e nos restantes Países de Língua Oficial Portuguesa antes do Acordo e depois do Acordo? Não consegui obter uma resposta objectiva da parte dos defensores do Acordo Ortográfico. Pergunto: parte-se para a tentativa de aplicação de um acordo ortográfico sem se saber claramente quantas palavras é que mudam na ortografia?
Assim, procurei eu a resposta, consultando o "Vocabulário de Mudança" disponibilizado noPortal da Língua Portuguesa.
E, considerando a informação aí veiculada, a resposta é a seguinte (contagem feita manualmente): antes do Acordo -- e exceptuando as palavras com alteração do hífen, as palavras graves acentuadas no Brasil e não em Portugal (como idéia - ideia) e as palavras com trema (pelo seu número residual e por tais situações afectarem sobretudo a ortografia brasileira) -, havia 2691 palavras que se escreviam de forma diferente e que se mantêm diferentes (por exemplo facto e fato), havia 569 palavras diferentes que se tornam iguais (por exemplo, abstracto e abstrato resultam em abstrato), e havia 1235 palavras iguais que se tornam diferentes.
Está a ler bem: com o Acordo Ortográfico, aumenta o número de palavras que se escrevem de forma diferente!
Isto é, havia 1235 palavras que se escreviam da mesma forma em Portugal e no Brasil que, com o Acordo, mudam, a saber: 190 ficam com dupla grafia em ambos os países (por exemplo circunspecto e circunspeto); 57 ficam com dupla grafia mas só em Portugal (por exemplo, conceptual e concetual, que no Brasil se escreve conceptual, mantendo a consoante "p"); 788 mudam para uma das variantes que existem no Brasil, por vezes a menos utilizada ou a considerada mais afastada da norma padrão (por exemplo, perspetiva: em Portugal, só se admite esta forma - sem "c" -, mas no Brasil admitem-se duas, perpectiva e perspetiva, sendo esta última preferencial); finalmente, 200 mudam para uma até ao momento inexistente e que passa a existir apenas em Portugal (por exemplo, receção, que no Brasil só admite a forma recepção, que passa a não ser possível em Portugal).
Esta última situação é a mais aberrante: são 200 palavras inventadas, que não existiam e passam a ser exclusivas da norma ortográfica em Portugal. Alguns exemplos: em Portugal, com o Acordo, passa obrigatoriamente a escrever-se aceção, anticoncetivo, conceção, confeção, contraceção, deceção, deteção, impercetível.
O problema diz, pois, respeito sobretudo à grafia das palavras que contêm as vulgarmente chamadas "consoantes mudas". Segundo os referidos dados do Portal da Língua Portuguesa, com o Acordo Ortográfico, no que diz respeito às palavras que mudam, no Brasil continuam a escrever-se 1235 palavras com essa consoante etimológica (978 de dupla grafia e 257 que se escrevem só com a manutenção da consoante), enquanto em Portugal e nos restantes Países de Língua Oficial Portuguesa são apenas 247!
Em Portugal, altera-se a ortografia fazendo desaparecer as respectivas consoantes e, afinal, no Brasil, essa ortografia de cariz etimológico mantém-se!!!
Não vou aqui falar da questão da dupla ortografia e de fragilidades e incorrecções presentes nos textos referentes ao Acordo Ortográfico, que têm um efeito negativo no ensino, na aprendizagem e no domínio da Língua Portuguesa (tal poderá ser objecto de outro artigo). Aqui apenas estou a referir como falsa a propalada unidade ortográfica!
Chegou a hora decisiva de nos pronunciarmos eficazmente pela suspensão da aplicação deste Acordo que tanto prejuízo causa à Língua Portuguesa. Tal é possível subscrevendo a Iniciativa Legislativa de Cidadãos (em http://ilcao.cedilha.net/), que visa, democraticamente, levar ao Parlamento, de novo, esta discussão.
E faço um apelo aos decisores políticos para que analisem cuidadosamente a situação: ninguém se pode escudar na ignorância dos assuntos sobre os quais toma decisões, pois a História não lhes perdoará.»
Prof. Dr.ª Maria Regina Rocha, in Público, 19 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Concurso Nacional de Leitura - alunos apurados
Realizou-se, no passado dia 9, mais uma edição da 1.ª fase do Concurso Nacional de Leitura.
Os alunos, divididos em dois escalões - básico e secundário - realizaram as provas que permitiram apurar os representantes do agrupamento na fase distrital.
As obras escolhidas para esta fase foram as seguintes:
. ensino básico: O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway;
. ensino secundário: Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos.
Realizadas as provas, foram selecionados os seguintes alunos:
. ensino básico:
- Manuel Dias, 7.º B;
- Mariana Coelho, 7.º C;
- Carolina Gomes, 8.º C;
. ensino secundário:
- Jorge Lima, 11.º B.
Parabéns a todos os participantes, especialmente aos alunos vencedores.
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Concurso Nacional de Leitura,
Concursos

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
O texto descritivo
- Consulta o seguinte sítio: http:www.cvc.instituto-camoes.pt/temas/dfisicapsicologica/dfisicapsicologica.html
- Resolve, no caderno diário, as atividades aí propostas.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
'A Vida de Maomé' segundo Charlie Hebdo
A revista satírica Charlie Hebdo publicou ontem uma biografia do profeta Maomé em banda desenhada.
De acordo com Stephane Charbonnier, o editor da publicação, a obra é um trabalho educativo que se justifica porque "o Islão é a segunda religião [da França], mas ninguém sabe nada sobre Maomé e sobre esta religião".
Charlie Hebdo é um semanário satírico de origem francesa, fundado em 1970. De cariz independente, "mistura jornalismo de investigação com reportagens em França e no estrangeiro, e caricaturas e desenhos quase sempre ferozes e politicamente incorretos" (www.presseuro.eu).
Os alvos diletos da revista são as seitas, a extrema direita, o catolicismo, o islamismo e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy.
De relembrar que a sede da publicação foi alvo da ira de radicais islâmicos, que a incendiaram em 2011, por causa da publicação das célebres caricaturas de Maomé.
De acordo com Stephane Charbonnier, o editor da publicação, a obra é um trabalho educativo que se justifica porque "o Islão é a segunda religião [da França], mas ninguém sabe nada sobre Maomé e sobre esta religião".
Charlie Hebdo é um semanário satírico de origem francesa, fundado em 1970. De cariz independente, "mistura jornalismo de investigação com reportagens em França e no estrangeiro, e caricaturas e desenhos quase sempre ferozes e politicamente incorretos" (www.presseuro.eu).
Os alvos diletos da revista são as seitas, a extrema direita, o catolicismo, o islamismo e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy.
De relembrar que a sede da publicação foi alvo da ira de radicais islâmicos, que a incendiaram em 2011, por causa da publicação das célebres caricaturas de Maomé.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
'Este é o tempo'
Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.
.
Este é o tempo
Da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.
.
Sophia de Mello Breyner in Mar Novo (1958)
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Sophia de Mello Breyner

terça-feira, 1 de janeiro de 2013
'O Professor'
O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.
Carlos Drummond de Andrade
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.
Carlos Drummond de Andrade
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