José Saramago, o único Prémio Nobel da literatura portuguesa (1998), nasceu em 16 de Novembro de 1922, na localidade de Azinhaga, concelho da Golegã, o que significa que completaria hoje 88 anos, caso a morte não o tivesse surpreendido no passado dia 18 de Junho do presente ano.
A sua obra vasta, ainda que iniciada «a sério» já numa idade avançada, contempla um apreciável conjunto de títulos significativos, desde Memorial do Convento (que faz parte dos copora textuais do ensino secundário) até A Viagem do Elefante, passando por Levantado do Chão, O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira e Todos os Nomes, entre muitos outros.
Uma das suas facetas mais desconhecidas diz respeito à abordagem que fez da literatura infanto-juvenil, concretamente em 2001, com a obra A Maior Flor do Mundo, redigida em parceria com o ilustrador João Caetano, que foi contemplada com o Prémio Nacional de Ilustração e, posteriormente, conheceu uma versão animada que aqui deixamos.
Lindo!
ResponderEliminarA.A.
Para Saramago as histórias para as crianças devem ser escritas com palavras muito simples pois elas sabem muito poucas. Saramago escreveu nos anos 70 o que inventou “A maior flor do mundo” e em 2006 as letras passaram para o ecrã e formaram uma linda curta-metragem. Na minha opinião, a curta-metragem está muito bem realizada porque transmite uma grande lição de vida para as crianças mas principalmente para os adultos que a deveriam aprender para de seguida, a poderem transmitir para as suas crianças. A animação foi feita em plasticina e José Saramago também é personagem esta história foi imaginada pelo homem (Saramago) que nunca deixou de sonhar, nunca deixou de dizer o que sentia e nunca deixou de gritar ao mundo o seu sentido.
ResponderEliminarJosé Saramago considera-se incapaz de escrever uma boa história para crianças, porém, na minha opinião, esta era uma boa história para ser escrita de acordo com o vocabulário das mesmas.
ResponderEliminar“A Maior Flor do Mundo” acaba por ser uma lição de moral para os adultos. A criança observou um adulto a arrancar uma árvore para colocar no seu jardim (destruindo assim a natureza). Contudo, esta criança não seguiu as pegadas do pai. Ao soltar o escaravelho descobriu um novo Mundo, uma grande floresta, e tento explorá-la. Caminhando pouco a pouco encontrou o local onde o pai tinha desfeito um pedacinho da natureza e reparou numa simples flor que se encontrava quase a morrer. A criança achou por bem ajudar a flor transportando nas suas mãos água, gota a gota, para ela desabrochar. O menino acabou por adormecer devido ao seu cansaço e recebeu como recompensa uma gigante pétala para o cobrir. Com o seu pequenino e simples esforço conseguiu a “Maior Flor do Mundo”.
Também o escaravelho consegue amealhar comida para todo o ano, mesmo os “pequenos” poderão fazer melhor que os “grandes”.
Esta história deveria ser lida pelos adultos para tomarem consciência do mal que fazem à natureza e das más acções que incutem às crianças.
Ana Ferreira, n.º 2, 12.º A
Nunca tinha lido nada de José Saramago, nem tido a oportunidade de conhecer algo que este tenha criado. Adorei ter a possibilidade de poder visionar e conhecer esta curta-metragem. “A maior Flor do Mundo” é sem dúvida uma História que deve ser lida, conhecida e acima de tudo, RECONHECIDA. Mais que uma história para crianças, é uma lição de vida para os adultos, para que estes tenham consciência que a sua Humanidade acaba no dia em que esquecem a Natureza, em que deixam de ter a preocupação de a preservar. A história acaba por nos cativar no momento em que sendo a criança um ser muito mais ingénuo, tem a capacidade de entender que aquela pequena, pobre e frágil flor necessita de cuidados para assegurar a sua sobrevivência. Esta acaba por ser o oposto do seu pai, contrariando as suas acções, mostrando-nos que é possível fazer a diferença! Saramago, embora não o reconheça, embora tente negar, escolhe as palavras mais adequadas, mais certas, para falar com as crianças. Ele é sem dúvida um óptimo contador de histórias.
ResponderEliminarAgora posso afirmar: "Leiam Saramago!"
Apesar de nunca ter gostado deste tipo de animação, este foi particularmente especial. Não sei dizer se foi a história, se a narração mas definitivamente esta é diferente. Contrariando o que Saramago disse, eu sou da opinião que ele é um excelente contador de histórias para crianças e tenho pena de nunca o ter feito, pois, acredito que assim como obteve sucesso com os seus livros, teria também com histórias infantis, o seu modo simplista de falar e até a história em si tornaram-se bastante interessantes á medida que vi o vídeo. A maneira como uma criança é capaz de ser altruísta ao ponto de ser capaz de seguir os passos certos na vida ao contrário do seu pai e libertar o escaravelho, o esforço que fez para plantar a pequena e débil flor só mostra que com actos bons e sérios obtemos boas recompensas.
ResponderEliminarJosé Saramago subestima-se ao dizer que não tem capacidade para escrever boas histórias para crianças, pois o pensamento que este tem está errado. Pessoalmente, considero que ele escreveu bem esta história, “A Maior Flor do Mundo”, é uma óptima história para crianças, pois transmite uma lição de moral que todos nós devemos tomar em consideração. Todas as histórias que são contadas às crianças devem transmitir uma lição de moral, para que estas desde pequenas aprendam a distinguir o correcto do errado e para que num futuro próximo não venham a cometer os mesmos erros dos seus pais. Todos nós temos o dever de proteger a Natureza e não de a destrui, aprenda-mos com os gestos tão simples desta criança e vamos mudar a realidade em que vivemos. Mas para que isso possa acontecer é necessário mudar a nossa maneira de pensar!
ResponderEliminarAntes de ver esta curta-metragem não sabia que José Saramago tinha escrito um livro para crianças, pensei que apenas tivesse escritos livros para adultos. Para mim, esta obra é uma breve mas interessante narrativa.
ResponderEliminar"A Maior Flor do Mundo" conta a história de um menino herói, destemido e corajoso, com vontade de ajudar e sem medo de arriscar que vai até ao fim do mundo para salvar uma flor. Transformando-se em personagem, o autor conta-nos que uma vez teve uma ideia para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no papel, ela teria um resultado verdadeiramente extraordinário: "seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".
Na minha opinião, ”A Maior Flor do Mundo” é uma magnífica história para crianças, adorei a curta-metragem e através do vídeo fiquei a conhecer uma das obras escritas por Saramago.
Devo confessar que ao visualizar esta curta-metragem me senti surpreendida, pela positiva, com o grande talento que José Saramago demonstra ter para escrever histórias para crianças. Ao contrário do que ele diz, sou da opinião que a escolha das palavras foi perfeita e que esta é uma história agradável de ouvir, tanto para os mais novos como para os mais adultos. Nesta pequena curta-metragem é possível observar a curiosidade e inocência características das crianças. A personagem principal é um pequeno rapaz que pela primeira vez descobre o que de belo tem a Natureza. Na sua aventura pela floresta acaba por descobrir uma pequena flor abandonada que está murcha. A criança, com a sua força de vontade, percorre uma grande quantidade de vezes o caminho de um pequeno rio até à flor, transportando água para a poder regar. Ao fim de algum tempo, o menino deita-se no chão, exausto, e acaba por adormecer. No momento em que ele adormece a flor cresce a uma velocidade estonteante e como forma de agradecimento tapa o pequeno rapaz com uma das suas pétalas. Desta história podemos assim concluir que o Homem e a Natureza dependem um do outro para a sua sobrevivência. E nós, acima de tudo, devemos preservá-la. No entanto, há outras conclusões que dela podemos tirar como o facto de não ser preciso fazermos coisas grandes para marcarmos a diferença. São os pequenos gestos que nos ajudam a crescer.
ResponderEliminarNunca tinha lido uma obra de Saramago e não tinha conhecimento desta curta história mas achei-a bastante interessante.
ResponderEliminarUm jovem rapaz acompanha o seu pai enquanto este vai transplantar uma pequena árvore. Ao lado desta encontrava-se uma bonita flor que estava protegida pela sombra da árvore. Entretanto o pequeno encontra um escaravelho que empacota e leva para a sua casa. Mas, já em casa, este foge e o pequeno rapaz segue-o para lá da vedação. Depara-se assim, com uma imagem de destruição humana. O escaravelho voa para a floresta e a criança persegue-o até lá. Na floresta reencontra a flor, que murchou por falta da protecção da pequena árvore. O jovem, deparado com aquele cenário corre para buscar água para a flor e esta, à medida que recebe água, “renasce” e cresce tornando-se a maior flor do mundo. Cansado, o jovem acaba por adormecer e a planta, como que agradecendo a ajuda e protecção protege-o também deixando cair uma pétala que o cobre. A maior flor do mundo protegerá então todas as pessoas com a sua sombra.
Para mim a história de Saramago pode parecer simples, porém a sua mensagem é muito mais complexa do que aparenta.
Não se pode negar que a Natureza tem um grande poder de protecção em relação ao Homem mas o inverso não se verifica. Contudo, o jovem retratado na história ajudou a flor a sobreviver, dando-lhe água e impedindo que esta murchasse, sendo depois “recompensado” quando adormece e uma pétala da flor o cobre. Nota-se assim uma ajuda mútua. Foi a pequena e inocente criança que ajudou a planta com devoção, carinho e amor, contrariando a insensibilidade dos Homens adultos. Essa dedicação fez com que a flor sobrevivesse e se tornasse a maior flor do mundo protegendo-o também. Assim, retiramos uma lição da história das mais compreensivas palavras ditas: com simples actos se salvam vidas e esses actos podem ser realizados por pequenas pessoas. Talvez a inocência de uma criança seja mais poderosa que a maturidade de um adulto. A sobrevivência está na ajuda de uns aos outros.
Uma vez tentei ler Saramago, para ver como escrevia um prémio Nobel. Não consegui passar da primeira página. Palavras difíceis, só frases e mais frases seguidas, só com vírgulas e pontos finais. Nem um ponto de interrogação ou de exclamação! Neste filme, no entanto, apesar de Saramago dizer que não saber escrever para crianças, ele conseguiu transmitir uma mensagem que qualquer um pode perceber. Mas, tal como Saramago diz, era bom se os adultos lessem mais histórias para crianças, talvez aprendessem a comportar-se de forma mais adulta ao pensarem na moral dessas histórias.
ResponderEliminarHá algumas cabecinhas de vento por aqui.
ResponderEliminarA quem pertence o «Conto da Ilha Desconhecida», texto estudado no 10.º Ano?