O mundo não é plano, está muito desequilibrado, a riqueza e as condições de vida estão, geograficamente, mal distribuídas. Existe um Norte (América do Norte, Europa, Oceânia…), rico e pouco populoso, onde a obesidade é um dos principais problemas de saúde, e um Sul (África, América Latina e Ásia) pobre e muito populoso. Na África Subsariana, a pobreza e a fome são fenómenos quase endémicos, a história e a geografia acorrentaram-na. Vivemos num mundo desumano em que o mercado dita as suas regras sobre a sociedade, as pessoas são como carne para canhão, ou como diria M. Gandhi «Tudo o que se come sem necessidade é roubado ao estômago dos pobres». No mundo 876 milhões de pessoas (13 % da população mundial) estão subnutridas e muitas delas acabam por morrer sem ninguém o saber. A cada seis segundos, uma criança morre devido à fome. Entre o que se desperdiça e o que se come nos países do Norte há comida suficiente para alimentar o mundo inteiro e ainda sobra. Urge mudar as mentalidades e apostar numa cultura colectiva e de proximidade. O mundo da riqueza, da fama e do poder deve dar lugar à paz, a liberdade e ao bem-estar de todos os cidadãos do mundo.
Prof. João Vaz
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