sábado, 18 de junho de 2011

A Viagem do Elefante

          No século XVI, D. João III ofereceu um elefante indiano ao arquiduque da Áustria, Maximiliano II. Dada a inexistência de meios de transporte adequados ao volumoso animal, a viagem entre Lisboa e Viena teve de ser feita a pé. José Saramago recuperou-a e tratou-a, literariamente, em A Viagem do Elefante.
          O paquiderme - que, na sua obra, Saramago chamou Salomão - morreu um ano após a chegada à Áustria, tendo sido, então, esfolado e as patas cortadas e aproveitadas enquanto recipientes de bengalas e guarda-chuvas.
          Segundo o escritor, o livro configura uma metáfora da vida humana: "Nós acabamos, morremos, em circunstâncias que são diferentes umas das outras, mas no fundo tudo se resume a isso."

Sem comentários:

Enviar um comentário