quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Restauração da Independência

     O dia 1 de dezembro foi, até hoje, feriado nacional. Porquê? Os acontecimentos que o originaram são já tão distantes que muitas pessoas desconhecem a razão por que este feriado foi criado.

     Tudo começou há muitos anos, mais concretamente em finais do século XVI, quando D. Sebastião era rei de Portugal.  No dia 4 de agosto de 1578, ele combateu, à frente do exército português, em Alcácer Quibir, no norte de África, tendo sido derrotado e morto nessa batalha. Como era muito novo e não possuía descendentes, isto é, não tinha quem lhe sucedesse no trono, o reino português ficou sem rei.
     Assim, quem subiu ao trono foi o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, mas apenas reinou durante dois anos, pois tinha muitos opositores.

     Em 1580, realizaram-se novas Cortes em Tomar e Filipe II, o monarca espanhol, foi então escolhido como novo rei de Portugal, dado que tinha direito ao trono, por ser filho da infanta D. Isabel e neto do rei português D. Manuel.
     Ora, este facto, na prática, unificou as coroas portuguesa e espanhola, o que é o mesmo que dizer que Portugal deixou de ser um reino independente, situação que perdurou de 1580 a 1640 e que ficou conhecida pela designação «Domínio Filipino».
     Porém, em 1640, no dia 1 de dezembro, os portugueses revoltaram-se e puseram fim ao domínio espanhol, restaurando a independência de Portugal. O escolhido para suceder a Filipe III foi D. João IV, duque de Bragança.
     Foram, pois, estes os acontecimento que conduziram à comemoração do 1 de dezembro enquanto Dia da Restauração da Independência de Portugal, dado que o trono voltou a ser ocupado por um rei português.

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