sábado, 23 de maio de 2020

Eu, confinada (III): Da Rua ao Confinamento

     Com a propagação deste novo coronavírus, a população mundial tem vivido uma crise em vários setores, desde o pessoal ao económico, de pessoas confinadas em casa e empresas a terem quebras financeiras. Foi assim que,no prazo de mais ou menos quatro meses, a população mundial sofreu uma "reviravolta", graças a esta pandemia.
     Pessoas como eu deixaram de poder sair de casa e ter uma vida normal, como tinham até à data. Já não posso fazer algo tão simples como passear num jardim, pois sou obrigada a permanecer em confinamento dentro das quatro paredes da minha casa. Então todos nós fomos obrigados a ter ideias novas sobre o que fazer durante este tempo em casa, para nos mantermos ocupados e não sofrermos problemas psicológicos. Eu, por exemplo, dedicou-me a estudar como nunca antes tinha feito, pois agora tenho mais tempo para o fazer; aumento a minha cultura cinematográfica, vendo novos filmes e revendo outros antigos; crio novas rotinas, como a de tirar mais tempo para estar com a família, ou a de me exercitar para combater o sedentarismo, ou ainda a de ler uma hora antes de dormir.
     Quando optei por criar estas novas rotinas, já estava em confinamento há mais de duas semanas e senti que estava a perder a motivação para fazer qualquer coisa. Então, obriguei-me a mudar e a tentar manter-me ocupada. Não foi muito fácil no início, pois o meu psicológico já estava meio afetado devido ao confinamento. Creio que cheguei ao ponto de saber o número exato de saliências numa parede. Mas agora tudo mudou; já me sinto bem melhor psicologicamente, apesar de estar desejosa que tudo isto acaba, para poder voltar à minha rotina normal.
     Sei bem que vou levar partes desta minha rotina de confinamento para aquela que chamo minha rotina normal, como conviver mais com a família e ler todos os dias antes de dormir, entre outras.
     Em suma, creio que, por mais desagradável que tenha sido este confinamento, também teve os seus pontos fortes, que me fizeram conhecer-me melhor e ao que me rodeia.

Laura Pereira, 12.º AB

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